sábado, 7 de fevereiro de 2009

Palmas, menina danada! Palmas, menina-moça danada Filha de mãe arretada Quente como nossa gente Furiosa, explosiva que nem trovoada... Ah! Menina danada... Se você soubesse Quanta esperança, Quanta saudade, Quanta vontade Foi preciso pra que você nascesse.... Você crescia valente. Sem cabresto, mas decente. Vingando essa tua mãe, Que um dia foi tão só Estrangeira na própria casa... Mas, como fala Gil, Porque não gosta de cama mole, Driblou a razão, Ouviu seu coração. Se embrenhou neste cerrado Domou boi e rio Não viu dificuldade E no meio de tanta diferença Reencontrou sua identidade. Esse lago é teu espelho, Olha teu corpo! Que bela arquitetura! És a mais linda criatura! Cresce menina De cabeça erguida Livre e justa. Como teu povo, Que te marcou o coração, Que te pariu assim: Tão arretada e mimada. Cresce menina danada! Temporã desta nação. •Lúcia Helena Mendes Palmas, 26/03/2005 Jornalista e professora de Ética no Jornalismo na Universidade Federal do Tocantins

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