sexta-feira, 9 de março de 2012

casa atual - Brasília

Meu silencio foi apenas o resultado de dois anos de estudo, mas que valeram a pena...estou em Brasilia, fazendo doutorado na UNB/Centro de Desenvolvimento Sustentável.


Mudanças, separações, desapegos...a gente não tem nada sem sacrifício...eu sei...deixei apra tras minha casa, minhas gatas, amigos, alunos e um trabalho que amo.


Porém a capital me surpreendeu, com seus grandes jardins, espaços e mais espaços públicos mantidos razoavelmente e paisagens que deixam revelar a arquitetura moderna de Oscar Niemayer...poesia em concreto contrastando com o céu azul e um por-do-sol de tirar o folego.


Brasília deixou de ser uma idéia construída para ser a cidade de muitos esperançosos, que como eu, abarcam aqui como que caídos do céu!


Neste ano que se passou, aprendi a  amar suas tesourinhas, seus eixos que nos levam a quase tudo e principalmente as paisagens do lago Paranoá.


A UnB surpreende pelo tamanho, pela biblioteca e pelo imenso capital humano que tem. Poderia estar mais bonita, mas funciona e como funciona...


Aprendo a ama-la como se fosse minha casa, pois é assim que me sinto...estou e casa e adoro o que faço.


Valeu todo o esforço, todas as horas de estudo, todos os finais de semana sem festas...valeu tudo, só para poder viver o que estou vivendo...


Amo estar em Brasília, amo meu país, amo esta vida de intensa dedicação, mas de muitas realizações. abraços



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ressurgindo das cinzas...

PALMAS EM CHAMAS...


depois de meses em absoluto silêncio, volto para protestar contra as queimadas que estão destruindo nossa cidade e a saúde dos palmenses...
se já não bastasse o calor, ainda temos que conviver com a inconsciência ecológica, a criminalidade, a falta de gestão administrativa...enfim...os problemas de sempre...


quem sofre? os asmáticos que como eu, mais ficam em hospitais do que no trabalho...estamos sendo defumados vivos!!!! e sem falar na perda da biodiversidade, dos animais que não tem para onde correr, da fumaça, do cheiro que invade as narinas e arde até a alma da gente...


enquanto isso, todos os políticos estão muito mais interessados na inaguração do shopping Capim Dourado que aconteceu ontem e com certeza vai mudar a cara de Palmas...só não sabemos se para melhor, o tempo dirá...


assim amigos, voltando com todo o gás que o oxigênio engarrafado me proporciona...


vamos continuar denunciando, para ver se mudamos alguma coisa...alguma semente, um dia vai vingar!!!


abraços a todos

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SONHANDO COM PANDORA...




SONHANDO COM  PANDORA...








Uma semana de caos no planeta e vemos uma seqüência de imagens que tentam expressar a dor que se espalha como água de enchente dentro e fora de nós...não dá para imaginar o que a destruição de um país pela manifestação da natureza, deixa como marcas e é mais um exemplo de modelos de cidades modernas que não sobrevivem a uma catástrofe natural.

Mesmo que durante toda a história das civilizações encontremos múltiplos exemplos de aniquilação das paisagens, cidades, culturas e milhões de vidas, a pergunta que se instala é se continuaremos a reconstruir com os mesmos meios que já demonstraram total incapacidade para sobreviver face as forças da natureza, para onde vai a humanidade?

A Arquitetura e o Urbanismo como profissões responsáveis pela criação, construção e do desenvolvimento de modelos de cidades, pode se perguntar qual ou quais caminhos deveriam ser pensados diante dos problemas que uma catástrofe natural pode causar em espaços urbanos e naturais. As imagens são gritantes de toneladas de concreto e ferros retorcidos onde edifícios de todos os tipos aparecem como pilhas de pedras perdidas, sem sentido, sem todos os elementos que fazem da arquitetura uma arte e do urbanismo uma necessidade.

Se cidades nascem sem planejamento, podemos dizer que sofrem nestes momentos o caos provocado pela impossibilidade de manobras de viaturas de socorro, de áreas para abrigar pessoas, de áreas para enterrar os mortos...mas se são planejadas, onde estão as áreas específicas para abrigar milhares de pessoas? Onde estão os projetos de arquitetura de sobrevivência? Onde estão os planos diretores para dar um direcionamento inicial para que as cidades possam se reerguer???

Este é um assunto tabu entre arquitetos e engenheiros, afinal somos os especialistas em construir o belo, de forma mais eficiente, mais rápida, será mesmo? Porque então não podemos pensar também em produzir arquiteturas para abrigar sobreviventes??? Cabana não é casa e muitas vezes são elas que oferecem o mínimo de conforto aos desesperados e por quanto tempo? Cada caso é um caso, mas normalmente o tempo é longo. Não gostamos do feio, da poeira, de paisagens desoladas, não gostamos de ver pessoas morrerem de sede porque simplesmente não existem um sistema de hidrantes, não gostamos de ver pessoas morrendo de fome e onde estão as arvores frutíferas nas ruas, onde estão os jardins públicos feitos com plantas comestíveis, não gostamos da feiúra e da miséria, mas estamos sendo atolados pelas imagens dela, e o que faremos?

Qual o futuro de nossas cidades se persistirmos em ensinar, planejar e construir aquilo que já não deu certo? Será que teremos que passar por piores terremotos, tsunamis, enchentes, queimadas para entender que nossa forma de viver está errada? Até quando construiremos edifícios símbolos do poder, da arrogância, da ignorância e de tecnologias não pensadas para suportar as catástrofes naturais? Apenas o Japão investe nessas coisas, mas por razões óbvias devido aos riscos que correm de terremotos.

Fico imaginando como seriam cidades sem riscos...sustentáveis ecologicamente, socialmente e culturalmente...dá para imaginar edifícios feitos com materiais tão leves como ossos humanos e tão resistentes como aço, com formas não ameaçadoras e sim acolhedoras e seguras, com parques e jardins repletos de cores, sabores e vida, com transporte sem ruído, sem poluição e sem riscos...

Parece conto de fadas ou ficção científica, mas acho que está na hora de tentarmos de verdade, seriamente, reformular nossos paradigmas e nossas “verdades arquitetônicas e urbanísticas”. Ainda dá tempo de fazermos experiências com novos materiais ecologicamente corretos e de preço mais justo e accessível a todos, de formas, cores e texturas inusitadas mas que atendam ao grande déficit de moradia que temos no mundo, ainda hoje um dos maiores problemas que enfrentamos.

Pensar o novo não é negar o velho e nem todas as coisas positivas que fazem parte da historia da humanidade, porém tentar o novo também faz parte do processo de crescimento e aperfeiçoamento de nossa cultura e porque não questionar para andar para frente? Sem curiosidade, sem perguntas como viver no Século XXI?

Entre o aquecimento global e a morte por catástrofes, não nos resta escolha: temos que encarar o fato de que precisamos pensar e agir muito mais rápidos do que antes...milhões dependem de respostas, paises e cidades mais humanas, sustentáveis, cidades viáveis, cidades coerentes, cidades equilibradas com a natureza, com a sociedade, com a vida, só assim a vida humana, tal como a conhecemos se perpetuará! Sem ser alarmista mas apenas coerente com o que estamos vendo, não adianta colocar a peneira na frente do sol ( que aliás anda mais escaldante do que nunca) mas o fato é que nosso planeta está mudando e muito rápido e precisamos trabalhar mais para encontrar novos caminhos de sobrevivência ou olhar o passado com uma perspectiva nova...

As universidades tem uma responsabilidade enorme quanto ao estímulo as pesquisas, divulgação dos resultados, mas a aplicabilidade das mesmas não depende de cientistas, professores e técnicos e sim da gestão pública em todas as instâncias, seja municipal, estadual ou federal no caso brasileiro. E aí que as coisas se complicam, porque gestão está diretamente ligada à política (as) que muitas vezes não correspondem aos interesses da população e é o que vemos hoje no Haiti, sofre as consequencias de anos de má gestão pública e de políticas equivocadas, mas existem outros milhões de exemplos espalhados pelo mundo.

Assim a segunda pergunta que nunca tem resposta é como mudar a consciência dos gestores, dos poderes estabelecidos, quanto à necessidade de se trabalhar pela população, com a população? Enquanto não mudarmos o gestor não se muda a forma de conduzir as soluções para os nossos problemas...qual o melhor sistema de gestão? de política? de economia?

Nossa sobrevivência planetária depende muito mais de homens e de mulheres conscientes, corajosos e capazes de agir localmente e globalmente. Enquanto ficarmos apenas com diretrizes e boas intenções mas sem aplicá-las, nosso destino é um só: o fim. Temos que pensar nisso e lutar pelo nosso direito a uma vida digna neste planeta e para todos! agora só precisamos pensar em como? Sugiro desligar um pouco a TV, esquecer os big-brothers e se abrir para olhar o céu, a terra, o sol, para as pessoas... pegar um papel e começar a escrever, desenhar...tentem, a Mãe-terra agradece e eu vou continuar sonhando com Pandora...
Luz e paz

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

2010 tudo vai ser diferente...rsss

2010 TUDO VAI SER DIFERENTE...CASA NOVA, VIDA NOVA!





voltamos depois de tanto tempo perdidos no meio de obra, pedreiros e um final de ano pra lá de corrido...mas valeu a pena, uma árvore a menos, mas uma varanda a mais...e que visual...


viajando para minha cidade natal, depois de respirar a poluição de São Paulo, onde o céu continua cinza e mesmo assim ainda me sinto em casa...
não adianta, quem nasce em cidade grande, por mais que não se conforma com o transito, com os preços dos estacionamentos, com a quantidade de gente, de água, de assalto...mesmo assim, ainda conseguimos ver a beleza que flue na Av. Paulista, na Av. Brasil, nos verdes parques da cidade, das flores, da limpeza de publicidades, das fachadas das lojas incriveis da Vila Madalena, das paisagens possiveis das janelas dos apartamentos dos amigos que sempre nos recebem como se nos tivesse visto ontem...saudades demais dos meus...


mas aí chegando em Palmas com tempestade, muita chuva lavando a alma e a cidade vazia...que nada...hoje tinha um trânsito danado com a inauguração do hipermercado Extra e eram carros, gente pra todo lado...imagine quando todo mundo voltar, ninguém passa perto e nem consegue estacionar...um dos primeiros problemas gerados pela localização do supermercado... mas vamos ver o lado positivo- Palmas cresce e traz maiores oportunidades de trabalho e de opções de compra, já não era sem tempo...agora podemos começar a dizer que Palmas está mesmo virando uma capital...rsss...só falta inaugurar o  shoping Capim-Dourado e aí tudo vai ficar mais colorido e mais fácil de se conformar com a distância e com tudo que tínhamos em nossas cidades de origem...é isso aí, 2010 promete ser diferente e melhor.


Desejo a todos um ótimo 2010 com muita luz, amor, paz, mais verde, saúde, sucesso e todas as bençãos dos céus. abraços



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Uma casa, uma árvore, um vendaval...e como um Anjo me salvou...


UMA CASA, UMA ÁRVORE, UM VENDAVAL...E COMO UM ANJO ME SALVOU!

A gente acha que nunca vai acontecer conosco...é sempre em outra cidade, outro país e aí tudo fica escuro, ventos de arrepiar a alma, a chuva chicoteando os vidros...estava apenas sentada as 12.00hs olhando através da janela da cozinha...rezei, pedi proteção, muita proteção e quando disse Amém - um barulho de explosão!...mas não era explosão e sim meu eucalipto que bateu no muro, quebrou tudo e ficou me olhando de soslaio, inclinado feito bebado no final de noite...quando não se consegue acreditar e pensa que está sonhando ou alucinando...e assim foi em casa, nas ruas de Palmas, em muitas outras casas...e no sudeste e no sul, apenas mostrando que a natureza está mesmo respondendo as agressões que recebe todos os dias...não se pode culpar, não podemos reclamar, apenas agradecer que ninguém ficou ferido e que dos males o menor...apenas destroços para serem limpos, um muro a reconstruir e algumas telhas para trocar.


De lembrança, muitos troncos que agora são belos bancos de jardim dentro e fora de casa, transformando o que foi ruim em uma coisa boa...área de conversa, da viola, da festa, das fogueiras em noite de lua cheia... bancos de madeira que um dia foram uma linda árvore e hoje de herança trouxe a liberdade e a alegria de volta...Viva vida arvore perfumada, te faço essa homenagem porque te vi nascer e hoje no dia de aniversário de Palmas voce foi cortada para lembrar que aqui nada levamos, apenas transformamos...
...somos pó de madeira que um dia vira carvão ou vira banco, mas deixa na alma o cheiro de eucalipto que me cura de tudo...Obrigada árvore amiga, companheira de 5 anos...em tua homenagem plantarei mais 5!


Não posso deixar porém de dizer e agradecer ao trabalho dos bombeiros, todos eles que durante 6 horas, arriscaram suas vidas para pouco a pouco serrar a árvore até o final. Homens que cansados e embaixo de chuva não desistiram face ao sinistro e mostraram uma competência incrível. Muito obrigado a todo o Corpo de Bombeiros da cidade de Palmas.





sábado, 26 de setembro de 2009




A meu Pai

Hoje seria teu aniversário e com certeza estaríamos comemorando muito... só faria 77anos, e já se foram 9 anos...os mais tristes e dificeis de minha vida com certeza. Porém é melhor lembrar as coisas boas, voce iria preferir assim. Lembra do dia que me levou para ver umas terras, em Botucatu, terra do café(interior de São Paulo) um sol quente e uma terra muito castigada pelos anos de plantio contínuo. estava animado e via tudo com um olhar longinquo, como se soubesse como tudo iria ficar ( ficou como sonhou). 

E falando e falando me mostrava no alto do morro as matas de galeria do rio que atravessava as terras indo desaguar em outro...quanta fartura de água e de floresta e que paisagens inesquecíveis dos vales, da lua cheia caindo no lago. Aí me disse a frase que calou fundo...aqui jamais vou colocar veneno, esta mata tem que ser preservada e a água também, não se pode deixar boi entrar dentro dela...nos anos 80 ninguém falava de meio ambiente, muito menos em preservar e voce já sabia tudo...

Comprou a terra e a amou mais do que tudo, plantou mais de 2000 arvores, recuperou a terra dura, plantou milho, feijão, sorgo, aveia, arroz, comida pra todo mundo, de gente e de bicho. De tudo sabia um pouco. Via com carinho que aquele pedaço de chão seria amado por seus filhos e seus netos, e assim foi por 25 anos...os mais felizes...me lembro quando veio com os cavalos e minha égua mestiça, tão doce que toda criança montava- Afrodite e tinha o Zeus, o Apolo e a Diana...e as vacas de leite mimadas, tinha ainda os perus, os porcos, as galinhas, mas jamais deixava um caseiro matar um animal nativo, assim salvava os jabotis, uma jaguatirica, ou um veado...sempre de olho na mata sagrada os recolocava de volta a mãe natureza. 

Eu mesma animada com o que via crescer, ajudei a plantar os flamboyants e fiz a horta meu orgulho no tempos de férias. Assim ele passou seu amor pela natureza a toda familia, dos filhos sairam minha irmã médica veterinária, meu irmão biólogo e eu arquiteta verde, ambientalista de alma, ativista de fato. Pai, de tudo que sei pode ter certeza que muito aprendi em nossas caminhadas, em nossas brigas, em nossas brincadeiras, mas o mais importante é que hoje que saudades tenho de ti. Nada supera isso e mesmo distante, calada, quantas vezes me pego conversando contigo, no carro , em casa, principalmente quando ando na rua e vejo com dor as arvores no chão, cortadas sem dó...ou pequenas mudas secas por falta de cuidados...voce ficaria inconformado, eu sei...

Nesta terra longe e quente que voce me falava empolgado durante anos, quando via na TV alguma noticia, dizia...queria me ver em Palmas, abrindo caminho, construindo, ajudando o Brasil a crescer, voce que tinha sangue de bandeirantes e sempre me apoiou em meus projetos. Como iria gostar deste lugar com tanto para se fazer, mas sei que muito iria brigar para que as pessoas tivessem mais amor por por ela, por este cerrado, pelas matas, pelos bichos por toda a natureza. Tenho certeza que faria discursos bebendo cerveja, mas ajudando a fazer buracos e plantando árvores e mais árvores...Pai, obrigada pela minha vida, pelo exemplo de integridade, honestidade, fidelidade, perseverança pela generosidade, força de vontade e de um carater incorruptível. Se consegui ser alguma coisa na vida, com certeza foi graças a educação que recebi de ti e mamãe. Mas hoje Pai, queria te dar um forte abraço, daria tudo que tenho para ter a chance de estar com voce de novo, bebendo um campari gelado e falando de política, mas olhando sempre a janela com vista para as árvores desejando um futuro mais justo para elas e toda natureza.

Pai, espero sim, continuar a ter a coragem de lutar pelos valores que recebi de ti, pela minha vida e de minha família, sem jamais pisar em alguém ou alguma coisa. Espero que de lá de cima, voce sorria e cuide de mim, de todos que deixou-tua familia. Do qual voce continua a ser um exemplo de ser humano e porque voce foi o melhor Pai que alguém poderia desejar eu tenho muito orgulho de ter sido tua filha. Amo voce para sempre. morro de saudades de ti, espero que esteja do meu lado quando me for, mas por hora só te peço que olhe por mim...um beijo no teu coração. tua filha Márcia.
rascunho
13:48:00de ARQUIN

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DIA DA ÁRVORE- 21/09/2009 PORQUE AS AMAMOS? PORQUE AS DESTRUÍMOS?


PALMAS COM VERDE batemos palmas...


calçadas com árvores...uma raridade ainda em nossa cidade. poucos são os moradores que transformam suas calçadas em locais agradáveis, coloridas, frescas e bonitas...e ainda a compartilham com os pedestres, que claro, agradecem e aplaudem!


Assim a pergunta que fica no ar...porque Palmas é uma cidade tão privada de calçadas e árvores? quando temos um clima absolutamente cruel em termos de calor e seca.


Simples: gestão, uma questão de escolha...mais precisamente: de não fazer as escolhas certas. Vou ser bem objetiva e mostrar os prós e os contras e as consequências para a cidade, para os pedestres e para a sustentabilidade da mesma.


Pró-árvores: melhoram o clima e o conforto ambiental 
                       ajudam na preservação da avi-fauna e flora silvestre
                       ajudam na drenagem das chuvas
                       trazem a sensação de calma, frescor e de beleza estética
                       diminuem a poluição, a poeira 
                       aumentam a umidade do ar
                       ajudam a reduzir o uso do ar condicionado nas edificações
                       permitem o aprendizado pela educação ambiental
                       ajudam a sociabilização e diminuem a violência urbana
                       promovem bem-estar e qualidade de vida
                       fazem parte da urbanização das calçadas e ciclovias
                       são referências nas paisagem urbana
                       são vivas, são belas, são essenciais a qualidade de vida 




CONTRA AS ÁRVORES: falta de conhecimento das espécies nativas 
                                         corte feito por trator e não manual
                                         falta de mão-de-obra qualificada
                                         falta de fiscalização da administração
                                         falta de controle das áreas verdes
                                         falta de consciência ambiental
                                         falta de técnicos especializados
                                         falta de engenheiros agrônomos, florestais,
                                         ambientais, arquitetos paisagistas, botânicos
                                         falta de compromisso com o cidadão
                                         falta de planejamento de infraestrutura
                                         falta de um plano de arborização urbana coerente
                                         falta de visão do poder público
                                         falta de respeito por não ouvir os especialistas
                                         falta de amor pela cidade
                                         falta de priorização nas obras públicas
                                         falta de um modelo de paisagismo para o cerrado
                                         falta de respeito para com os pedestres
                                         falta de ações concretas de proteção das A.V.
                                         falta de mais de 140.000m2 de calçadas em Palmas
                                         falta responsabilidade pública e ambiental
                                    


Percebem as diferenças...por isso estou de luto, escrevo em preto, porque não existe nada para se comemorar neste DIA DA ÁRVORE em Palmas.
E continuaremos calados até quando?
E morreremos secos de tanto calor? nossos corpos serão mumificados naturalmente? basta que nos coloquemos uma hora ao sol, sem opção de sombras nas calçadas...


Linda cidade projetada para ser a mais bela, em 20 anos poderia ter árvores lindas, imensas, verdadeiras Mães-verdes, mas não, só temos o pouco que restou do cerrado, alguns cidadãos mais conscientes que plantam e finalmente uma sequência de administrações que copiaram um paisagismo absolutamente insustentável para Palmas.


Lindas palmeiras que balançam ao vento, mas não sombream calçadas e sim canteiros centrais. Lindos gramados verdejantes ao custo da água dos rios, ao custo do bolso do cidadão...


Tão pouco amor, tão pouca visão, tão pouca compaixão pelas crianças que não podem brincar nas praças, pelos velhos que não podem acompanhar seus netos e pelos jovens que vêem as quadras vazias e bancos de concreto onde não se pode namorar...


Triste Palmas projetada para abrigar pessoas de todo lugar, criada para ser a Capital Ecológica e hoje? como será nossa cidade num futuro próximo, daqui 10 anos? 20 anos?


Pensar e fazer hoje, plantar uma árvore hoje, mas por favor, deixem-na crescer...pobre cidade destinada a expulsar e não a acolher, porque as árvores são a alma da cidade e uma cidade sem árvores é sem alma...e sem alma, as pessoas secam como galhos secos de setembro e se quebram e se vão...cada dia mais e mais pessoas...


Palmas capital ecológica que nasceu e morreu tão prematuramente...apenas 20 anos!